Bienal Macabra
Sexta-feira 13. Agosto, o mês do cachorro louco.
Nada melhor do que encontrar entusiastas do universo vampírico e seres afins.
Estive na Bienal do Livro, contemplei uma agradável palestra com a nata da literatura das sombras no Brasil: Martha Argel, Giulia Moon e André Vianco.
De quebra,ainda consegui uns autógrafos.
O mais importante destes encontros é o efeito estimulante em novos escritores. Vários jovens relataram em suas perguntas e testemunhos a gana de escrever gerada a partir do contato com a obra dos entrevistados.
Interessante que no Caderno 2 do Estadão de 15 de agosto último figurou uma matéria assinada por Lygia Fagundes Telles descrevendo a preponderância de seu encontro com nada menos que Monteiro Lobato, quando esta ainda duvidava das próprias aptidões literárias.
Tais encontros podem ser tão instigantes quanto a benção das musas.
Mas voltando à sexta-feira das bestas, nada poderia ser mais estimulante para um aspirante a cineasta do que encontrar um dos ícones do cinema brasileiro: José Mojica Marins, o Zé do Caixão.
No evento no stund do SESC, Mojica não negou que para fazer cinema no Brasil é realmente preciso apelar para as forças sobrenaturais.
A Bienal do Livro é um evento comercial de cultura. Estruturalmente, pouca coisa muda a cada edição. Mas é na possibilidade desses encontros que reinam seus méritos.
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