terça-feira, 1 de março de 2011

AlejandrO Jo d'orowsky


Há cerca de dois anos vi de relance na TV Cultura uma entrevista com o então visitante no nosso país, Alejandro Jodorowsky.

Algum tempo depois assisti seu filme El Topo. Achei interessante, diferente. Então li Incal. Fiquei maravilhado. Comecei a pesquisar sobre o cara. Li Psicomagia e fiquei ainda mais interessado não só no método terapêutico apresentado no livro, como também pela própria figura e história de vida do moderno Xamã.

E agora estou lendo A Dança da Realidade.

Só para resumir um pouco de que se trata tudo isso, convém falar que Jodorowsky começou como titereteiro, criador e manipulador de fantoches, em sua terra natal, o Chile.

Foi para a França tornando-se mímico, coreógrafo e artista teatral. Integrou o movimento surrealista e, daí para o México, tornou-se também cineasta. Nos anos oitenta roterizou histórias em quadrinhos em parceria com o magnânimo Moebios.

É um criativo por expressão e um intuitivo por natureza. Dos seus estudos de xamanismo, curandeirismo, filosofia oriental, psicanálise e representação teatral, aliando aí suas experiências com sonhos lúcidos, criou um processo terapêutico que batizou de PSICOMAGIA.

O cara hoje tem cerca de oitenta anos, mantém um cabaré místico na França e roda por toda a Europa dando palestras.

De toda sua técnica, interessa-me a maneira como recomenda atos teatrais, atos “mágicos”, a seus consulentes, entendendo a metáfora como uma comunicação direta com o inconsciente. Para Jodorowsky, o mundo dito “real” não passa de um prolongamento do verdadeiro mundo: o mundo dos sonhos.

Sua técnica encontra forte embasamento na teoria analítica de Jung. Arquétipos, self, inconsciente coletivo e o caminho da individuação.

Infelizmente não consegui assistir a premiada peça teatral As três velhas, de autoria do mago. Torço para que a peça reestréie em breve em SP.

Eis alguns links para vídeos de uma entrevista, incluindo amostras práticas, do psicomago no you tube:

parte 1






http://www.youtube.com/watch?v=Hhb1f8QFm9Q



Está em espanhol, mas com atenção dá para entender fácil.

Disponibilizo também o link para um filme até perigoso para aqueles que pretendem se manter na mediocridade: A Montanha Sagrada.

A montanha sagrada - parte 1 no RapidShare

A montanha sagrada - parte 2 no RapidShare

Em um trecho do livro A Dança da Realidade ele fala um pouco das gravações deste filme, de uma passageira síndrome de messias e de como pretendia realmente alcançar a iluminação a partir de uma produção cinematográfica. Até acordar...


domingo, 27 de fevereiro de 2011

The Manhattan Brothers

Quem me conhece sabe que tenho um gosto no mínimo exótico para músicas.

Fui criado ao som de grupos orquestrais. Minha mãe deixava o rádio ligado o dia todo, todos os dias, sintonizado à extinta rádio Scalla FM, que durante algum tempo teve também o nome de Rádio ABC. Músicas orquestradas. Não eram músicas clássicas, mas músicas populares. Músicas de elevador. Glenn Miller, Duke Ellington, Benny Goodman, Ray Conniff, Orquestra Tabajara, e aquela incrível mulher cantando aquele pabadaaa pabadaapabadaapabadaba pabadabadaaaaa... toda vez que davam seis horas da tarde.

Naturalmente desenvolvi um gosto diferenciado, enquanto meu irmão mais velho e meus amigos ouviam as músicas da moda.

É claro que eu também era influenciado. Tive minha fase infantil, ao som de Balão Mágico. Aos seis anos também pedi de aniversário o disco Thriller, do Michael Jackson. Mas sempre houve uma preferência por algo diferente.

Ocorria o auge dos CDs quando eu tinha onze anos. Ganhei meu primeiro CD musical num amigo secreto. Um CD do Louis Armstrong.

Sempre preferi jazz, blues e música clássica. Mesmo sem conhecer muito. Aos dezoito anos eu já fuçava pelo classic rock e hard rock. Agreguei à música clássica outros clássicos como Pink Floyd, Beatles e Rolling Stones. Em 1996 fui ao Show do AC/DC no Pacaembu.

Em algum momento conheci as músicas New Age. E não sei como estendi-me para a world music.

Enfim, há uns cinco anos que eu procurava um cd de uma banda de jazz sul africana dos anos 50 chamada The Manhattan Brothers. Meu primeiro contato com essa banda foi há uns dez anos, vendo de relance um documentário no canal GNT da TV a cabo. Consegui baixar uma ou outra música pela magia da internet, mas nunca encontrei links para um álbum inteiro. Toda vez que algum conhecido ia para o estrangeiro eu fazia essa encomenda, sem sucesso.

http://www.youtube.com/watch?v=KVhdYx9uOIk

Recentemente meus professores de Taiko, em visita ao Japão, realizaram-me este sonho.

Agora, sinto-me no dever de disponibilizar na rede o resultado desta busca.

A diva Miriam Makeba teria começado como cruner dessa banda. A melodia, a mistura de vocais, o ritmo. Tudo faz parecer um som único que agrada muito aos meus ouvidos. Enfim, não tenho muito mais a falar. O som fala por si.

DOWNLOAD via MEGAUPLOAD

Espero que os parcos leitores deste blog também possam curtir. Bom som a todos!