domingo, 27 de fevereiro de 2011

The Manhattan Brothers

Quem me conhece sabe que tenho um gosto no mínimo exótico para músicas.

Fui criado ao som de grupos orquestrais. Minha mãe deixava o rádio ligado o dia todo, todos os dias, sintonizado à extinta rádio Scalla FM, que durante algum tempo teve também o nome de Rádio ABC. Músicas orquestradas. Não eram músicas clássicas, mas músicas populares. Músicas de elevador. Glenn Miller, Duke Ellington, Benny Goodman, Ray Conniff, Orquestra Tabajara, e aquela incrível mulher cantando aquele pabadaaa pabadaapabadaapabadaba pabadabadaaaaa... toda vez que davam seis horas da tarde.

Naturalmente desenvolvi um gosto diferenciado, enquanto meu irmão mais velho e meus amigos ouviam as músicas da moda.

É claro que eu também era influenciado. Tive minha fase infantil, ao som de Balão Mágico. Aos seis anos também pedi de aniversário o disco Thriller, do Michael Jackson. Mas sempre houve uma preferência por algo diferente.

Ocorria o auge dos CDs quando eu tinha onze anos. Ganhei meu primeiro CD musical num amigo secreto. Um CD do Louis Armstrong.

Sempre preferi jazz, blues e música clássica. Mesmo sem conhecer muito. Aos dezoito anos eu já fuçava pelo classic rock e hard rock. Agreguei à música clássica outros clássicos como Pink Floyd, Beatles e Rolling Stones. Em 1996 fui ao Show do AC/DC no Pacaembu.

Em algum momento conheci as músicas New Age. E não sei como estendi-me para a world music.

Enfim, há uns cinco anos que eu procurava um cd de uma banda de jazz sul africana dos anos 50 chamada The Manhattan Brothers. Meu primeiro contato com essa banda foi há uns dez anos, vendo de relance um documentário no canal GNT da TV a cabo. Consegui baixar uma ou outra música pela magia da internet, mas nunca encontrei links para um álbum inteiro. Toda vez que algum conhecido ia para o estrangeiro eu fazia essa encomenda, sem sucesso.

http://www.youtube.com/watch?v=KVhdYx9uOIk

Recentemente meus professores de Taiko, em visita ao Japão, realizaram-me este sonho.

Agora, sinto-me no dever de disponibilizar na rede o resultado desta busca.

A diva Miriam Makeba teria começado como cruner dessa banda. A melodia, a mistura de vocais, o ritmo. Tudo faz parecer um som único que agrada muito aos meus ouvidos. Enfim, não tenho muito mais a falar. O som fala por si.

DOWNLOAD via MEGAUPLOAD

Espero que os parcos leitores deste blog também possam curtir. Bom som a todos!

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